segunda-feira, 11 de outubro de 2010
Estrelas da esperança
Que os teus olhos sejam sempre os portais
Por onde se perdem os meus encantos,
E neles encontre todos os santos
Que lhe agraciaram com a minha paz
Que o teu jeito sapeca de menina
Nunca deixe solta a maturidade,
Que a tua mente desfrute a liberdade
Dos que desacreditam de uma sina
Que guardes consigo as muitas estrelas
Vindas do vasto céu da tua esperança
E não duvides da beleza em tê-las,
Como um farol a guiar as mudanças
Porque se, atenta, puderes vê-las
Verás que és ainda a mesma criança
segunda-feira, 20 de setembro de 2010
O século das luzes... no cabelo
Querer não é poder (uma questão de princípios)
Estou cansado de ser tão inculto
Um alguém que procura palavras pra usar
Quando, num passe de mágica
Posso simplesmente mostrar que sou um herói
Da grande poesia de “nóis”
Estou cansado da minha falta de criatividade,
Tentando mostrar ao mundo
Coisas que já existem e todo mundo vê:
A miséria, a corrupção, a mesmice
Já são nossos velhos amigos
O bom mesmo é ser original,
Falar da cor do meu novo tênis
Feito por uma criança asiática
Que já está acostumada à vida abaixo
Da linha da dignidade(Será que ela não percebe que está fora de moda?)
Eu quero a sabedoria dos grandes filósofos
Que criticam o mundo enquanto o tem
Debaixo das mãos
Sempre aprendi que é bom estar próximo de algo
Para poder criticá-lo
Será que ninguém entende que eu só quero
Um pouco da plenitude dos que morrem
De fome todos os anos, à beira do nada,
Enquanto tem um leque de oportunidades
Para escolherem, mas preferem morrer como sábios?
(Afinal, o silêncio é mestre da sabedoria)
Eu quero a fidelidade dos namorados que,
Mesmo estando com várias outras mulheres
Nunca perdem a chama inicial
Por suas musas inspiradoras
Eu quero todo o tempo do mundo
Para poder me dedicar as mais importantes
Causas sociais do meu dia a dia
Afinal, o mundo só será perfeito
Quando cada um de nós for feliz, certo?
Eu quero candidatos de maior bom gosto
Porque são eles que vão fazer as minhas escolhas
Durante os próximos anos
(Será que é pedir demais?)
Desejo, a audácia dos grandes, que bravamente
Romperam o hímen de toda a bobagem
Do passado e agora esperam o trem
Com uma mala vazia, pronta para receber
Tudo de melhor que lhe vier
Desejo, do fundo do meu coração
Que esse seja o último poema
De ignorância que o mundo traga em sua história
Eu só quero ser alguém melhor.
domingo, 5 de setembro de 2010
Por que você não começa dizendo "eu te amo" ?
Leve Saber
Eu quis fazer uma canção
Pra dizer "eu te amo"
Eu sei, o mundo está do avesso
Todo mundo comete um engano
Mas o amor que eu sinto por você
Não tem como explicar
Isso parece tão clichê
Mas foi assim que aprendi a falar
Eu te quero agora e para sempre
Como um rio segue sua corrente
Eu não tenho mais armas pra lutar
Só posso querer te amar
O destino já havia me machucado
Não valia mais a pena ser amado
Foi quando Deus te mandou pra mim
Tão linda e singular
Isso parece tão clichê
Mas foi assim que aprendi a falar
Eu te quero agora e para sempre
Como um rio segue sua corrente
Eu não tenho mais armas pra lutar
Só posso querer te amar
Temos todo o tempo do mundo
E o mundo é paciente...
sábado, 21 de agosto de 2010
Definições são inúteis
Assim, qualquer coisa
Eu poderia escrever algo convencional pra Faro
Ou um soneto clássico pra Carol
Mas Carolina não é nada disso
Carolina não se encaixa em rimas,
Não se prende em métricas
Ela é qualquer coisa que eu não sei, nem quero descobrir
Qualquer coisa que me acalma,
Qualquer coisa que me cativa,
Qualquer coisa que me surpreende
Esbanja simplicidade,
Não porque não acredita em seus dons,
Mas sim porque sabe que a vida não tem espaço para sobras
Não sei o que mais me chama a atenção:
Seu sorriso, que não pede em troca nada,
Ou seu plural aveludado, assim meSmo, como a brisa
Ela é qualquer coisa que me intriga,
Qualquer coisa além do que é tátil,
Qualquer coisa que me acaricia o infinito
É a ironia requintada ao mesmo tempo
Que ri como uma criança despreocupada
Ah, bem que eu queria um texto direto,
Um poema definitivo,
Um verso “certinho”
Mas, é impossível, porque
Carol é assim, qualquer coisa...
Eu poderia escrever algo convencional pra Faro
Ou um soneto clássico pra Carol
Mas Carolina não é nada disso
Carolina não se encaixa em rimas,
Não se prende em métricas
Ela é qualquer coisa que eu não sei, nem quero descobrir
Qualquer coisa que me acalma,
Qualquer coisa que me cativa,
Qualquer coisa que me surpreende
Esbanja simplicidade,
Não porque não acredita em seus dons,
Mas sim porque sabe que a vida não tem espaço para sobras
Não sei o que mais me chama a atenção:
Seu sorriso, que não pede em troca nada,
Ou seu plural aveludado, assim meSmo, como a brisa
Ela é qualquer coisa que me intriga,
Qualquer coisa além do que é tátil,
Qualquer coisa que me acaricia o infinito
É a ironia requintada ao mesmo tempo
Que ri como uma criança despreocupada
Ah, bem que eu queria um texto direto,
Um poema definitivo,
Um verso “certinho”
Mas, é impossível, porque
Carol é assim, qualquer coisa...
terça-feira, 3 de agosto de 2010
Testamento
Eu vou, mas não vos deixo nada.
Nada além do azul do céu,
Do vermelho das rosas,
Do suave barulho das ondas.
Nada além do tempo que vos consome
E aprisiona em uma busca infinita
Pela plenitude.
Eu vou, e não vos deixo nada.
Nada que a própria vida não se encarregue
De mostrar, seja da melhor ou da pior maneira possível.
Nada que não possa se perder,
Nada além do mero pó da existência que nos ilude.
Como quem passa, eu não vos deixo nada.
Eu vou, pois já não levo nada.
Nem um pingo de azul do céu,
Do vermelho das rosas,
Do suave barulho das ondas.
Apenas a certeza de que a plenitude
Se perdeu pelos meus dedos,
Eu já não levo nada.
Nem a capacidade de me surpreender,
Ou as lágrimas pra chorar.
Já não me ilude (ou quem sabe, fale a verdade)
A minha existência:
Eu vou, por não levar nada e vos deixar tudo.
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