terça-feira, 21 de abril de 2009

Oferenda



Ofereço, puro e casto, meu amor

A ti, feito e fruto da honestidade
Tão singela, tida como verdade
Por poetas e loucos, sem maior pudor

Ofereço, no ímpeto do meu ser

A vida na sua forma mais intensa,
E prometo fazer dela uma crença
No âmago tão incerto do teu querer

Ofereço as estrelas em protesto

Ao tempo, tão pouco e tão pertinente
Que carrega, deste poeta modesto

O teu olhar, inebriante e displicente

E por fim, se existe mesmo um, atesto
Que tu deixas meu viver mais contente

domingo, 5 de abril de 2009

Metamorfose - I

É bossa nova o som que sua luz toca
Mescla os raios de sol ao puro vermelho
Que enaltece sua branca face em anseio
A confirmar meu juízo: é carioca

Mas não conclua agora nem muito pense:
Leves traços, mas seu olhar irradia
O poder de atrair com toda a ousadia
E assim me faz pensar: é brasiliense

É a moça que brinca com meus sentidos
É dentre todas, a mulher mais bela
É a dona dos tesouros escondidos

Onde o sol e o céu são somente dela
É a menina que faz sonhos partidos
E eu pergunto: afinal, quem é ela?

Eu rio, você mar



Eu gosto de MPB

Você é Flamengo
Eu prefiro saber por quê
Você deixa com o tempo

Eu toco violão

Você adora uma micareta
Eu presto atenção
Por favor, não me esqueça

Você pula sem medo

Eu piso no chão
Você diz que é segredo
Eu seguro a sua mão

Você sabe o que quer

Eu quero o que sei
Você me despersou
E eu me embriaguei

Você me olha um instante

Eu rio, você mar
E isso é o bastante
Pra eu escolher sempre te amar