terça-feira, 21 de abril de 2009

Oferenda



Ofereço, puro e casto, meu amor

A ti, feito e fruto da honestidade
Tão singela, tida como verdade
Por poetas e loucos, sem maior pudor

Ofereço, no ímpeto do meu ser

A vida na sua forma mais intensa,
E prometo fazer dela uma crença
No âmago tão incerto do teu querer

Ofereço as estrelas em protesto

Ao tempo, tão pouco e tão pertinente
Que carrega, deste poeta modesto

O teu olhar, inebriante e displicente

E por fim, se existe mesmo um, atesto
Que tu deixas meu viver mais contente

Um comentário: