terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Renascença

Quero deitar em tua pele morena
E te revelar todo o meu segredo
Enquanto suspiro, não tenha medo
Pois o meu amor é puro e a espera é plena

Quero descobrir através de ti
Os mundos que existem além do olhar
Do sonho, e também quero te mostrar
Como pode ser belo repartir

Assim como renasceram os templos
Da antiguidade perdida em censura
Farei com os teus sorrisos exemplos

Da arte de vanguarda que figura
Em mim, e se crês apenas no tempo
Faço do meu sentimento uma jura

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Soneto do amor em si


Para escutar lendo: Pelo sabor do gesto - Zélia Duncan

Amo-te assim, sem troca e sem barganha
Sem resquício de culpa ou de perdão
Amo-te no limite em que a razão
Delira e me permite tal façanha

Amo-te, sem querer saber se ganha
O ceticismo, sombra da emoção
Ou o relógio, carrasco da ilusão
Meras medalhas para quem apanha

Amo-te só, com o êxtase primeiro
E a experiência de quem muito amou
Unindo-os enfim, como um carpinteiro

Que com calma, trabalha com ardor
E sem terminar, repete o roteiro:
Todo dia se constrói um grande amor